Apesar de emanar gratuitamente, a energia solar, quando utilizada para fins de geração local de eletrecidade, se torna inascessivel à maioria da população, com exceção dos idealistas e beneficiários de programas assistencialistas.
Mas existem outras formas de uso desta farta energia, como a geração de calor. O uso para aquecimento de água para banho já não é novidade. Em Israel desde 1967, aquecimento solar de água é um movimento nacional que hoje quase 40% das casas o praticam. Desde 1999 a Sociedade do sol divulga e incentiva o aquecedor solar de baixo custo pelo Brasil, mais notado projeto na área.
Este potencial de geração de calor é normalmente subestimado. Quem nunca esbravejou ou ouviu “Este asfalto tá tão quente que da pra fritar um ovo!” mas já imaginou que existem usinas solares térmicas que atingem temperaturas na ordem de 1000° Celcius?!
Bom, sabendo disso fica mais fácil imaginar um ovo fritando no calor do sol. Isso mesmo, estamos falando de cozinhar com a energia direta do sol, dificil mesmo de imaginar é como este uso da energia solar tem sido renegado. Aliar as famosas leis da termodinamica com a ótica básica, conhecimento que já dominamos a muito tempo, é o bastante para elaborar fornos solares. Tá bom, não é tão simples assim mas, não podemos negar que com um pouco de boa vontade esta realidade estaria acessível a grande parte da civilização presente nas regiões com potencial.
Adimito, são muitos os entraves que a cozinha solar infrenta. Desde crendices populares como “a comida vai azedar no sol!”, até questoes práticas como a sasonalidade. Problemas facilmente superáveis mas que, em uma sociedade imediatista e acostumada com energia barata, se sobrepoem facilmente as vantagens.
No entanto estas vantagens ganham valor no ritmo da marcha para a sustentabilidade. Com isso as alternativas voltam a valer a pena, e as iniciativas começam a pipocar.
Em um destes estouros surje a Pleno Sol, empreendimento voltado a um nicho do mercado praticamente inóspito, a cozinha solar! Amadurecida da idéia de produzir fornos solares, que atola nos entraves culturais, a Pleno Sol salta a frente do cliente oferecendo o alimento fresquinho, pronto para ser devorado pela curiosidade de conhecer um produto com uma proposta diferenciada. Para driblar a sasolnalidade produtos com relativa estocabilidade, como pães e biscoitos, são o carro chefe.
A proposta se baseia na alternativa de energia, mas para não virar uma pílula dourada é preciso que os valores permeiem toda a cadeia de produção e irradie para a vida dos envolvidos. Isso não acontece de um dia para o outro, mas a utopia é crucial para guiar a intencionalidade. Conceitos de economia solidária, circuitos curtos, bio-regiões, consumo consciente e alimentação balanceada se cruzam criando uma teia de valores que suporta e ampara as atividades da Pleno Sol.
Para que estas intenções sejam conhecidas , os clientes e curiosos tem este blog como vitrine virtual que irá expôr as atividades da Pleno Sol.